João 8:1-20

Os escribas e os fariseus pensam que podem fazer o Senhor Jesus cair em uma armadilha particularmente sutil. Por meio dEle, a graça e a verdade vieram juntas (1:17). Se Ele condena esta mulher culpada, onde está a graça que todos eles conheciam (Lucas 4:22)? Se Ele a perdoa, não está isso em prejuízo da verdade e em contradição com a Lei? Em Sua sabedoria infalível, o Senhor Jesus lhes mostra que essa Lei alcança a todos. Isso tem sido comparado a uma espada sem o cabo que fere primeiro a pessoa que a usa.

Mas, ai! em lugar de confessar os pecados dos quais se deram conta, os acusadores se retiram, um após o outro, envergonhados (Jó 5:13). “A Luz do mundo” está diante deles (v. 12). Mas “os homens amaram mais as trevas do que a luz”, tal como insetos que se escondem em outra parte quando é levantada a pedra que os abriga (cap. 3:19). Por fim, o Único que, não tendo pecado, teria todo o direito de ministrar o castigo, diz à mulher: “Nem eu tampouco te condeno”. Ele acrescenta: “Vai, e não peques mais” (v. 11). Muitas pessoas se esforçam por merecer o perdão de Deus por uma boa conduta, enquanto a prioridade do Senhor começa por perdoar, vindo somente depois a ordem de não pecar mais (compare 5:14; Salmo 130:4; 1 João 3:9).