E, ao outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas.

Josué 5:11

O FRUTO DA TERRA

  É efetuada uma grande mudança em nosso coração quando pensamos em Cristo, não apenas como o Cordeiro (que derramou seu sangue por muitos), mas também como o Maná (Aquele que desceu no céu) e como o Fruto da terra (Aquele que foi para onde esteve antes). Aqueles que só pensam em Cristo crucificado, ainda que seja uma recordação bendita e preciosa, podem não conhecer acerca da libertação do mundo ou de si mesmos, nem o que é estar firmes em liberdade e gozo na presença de Deus.

  Somente quando o crente entra pela fé nas bênçãos da nova criação — as quais Deus nos tem dado em Cristo nos lugares celestiais, a verdadeira Canaã — ele pode conhecer a Cristo como “o fruto da terra”. O “grão de trigo” que caiu em terra e morreu, está vivo na glória. Não se trata simplesmente da obra de Cristo na cruz em nosso favor (o Cordeiro imolado), nem das bênçãos derramadas sobre nós em nossa peregrinação (o Maná), antes, de Cristo lá no alto, uma Pessoa viva na glória, por meio de quem temos recebido todas nossas bênçãos.

  Sobre o povo, lemos que “nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas”, expressando assim os sofrimentos dAquele que foi ferido para a nossa bênção, e foi “cortado da terra” (Isaías 53:8) sob o fogo do juízo divino. Dessa maneira, notemos cuidadosamente que, se estamos realmente ocupados com Cristo na glória, nunca nos esqueceremos de como Ele chegou lá e do que fez por nós no madeiro.

  O Senhor Jesus glorificado é “o fruto da terra”, a quem temos de contemplar agora como o Objeto imponente que absorve os nossos corações. E, certamente, Ele é suficiente para encher e satisfazer nossas mentes e corações. O apóstolo, inspirado, bem podia dizer que fixemos nossas mentes nas “coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Colossenses 3:1).