Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.
Romanos 5:1
MARTINHO LUTERO (2)
Como foi que Martinho Lutero encontrou a paz que sua consciência desejava? Vamos deixá-lo falar por si mesmo: “Eu não podia amar a justiça de Deus que punia os pecadores; pelo contrário, eu odiava a Deus. Mesmo que eu vivesse de modo imaculado como um monge, sentia que, diante de Deus, eu era um pecador e minha consciência me atormentava”.
Não foi apenas na Epístola aos Romanos, mas também nos Salmos, que Lutero leu acerca da salvação por meio da justiça de Deus (cf. Salmo 31:1). Ele precisava descobrir com certeza o que a expressão bíblica “a justiça de Deus” significava. Ele escreveu:
“Então Deus teve misericórdia de mim. Eu estava ocupado em meus pensamentos até que, finalmente, notei o contexto destas palavras: ‘nele (i.e., o evangelho) se descobre a justiça de Deus… como está escrito: o justo viverá pela fé’ (Romanos 1:17).
Eu comecei a entender que a justiça de Deus era uma, e por meio da qual o justo vive pela fé, a qual é um dom de Deus. Comecei a perceber que este era o sentido: a justiça de Deus, por meio da qual nosso misericordioso Deus nos justifica por meio da fé, está revelada no evangelho, como afirmado: o justo viverá pela fé. Eu me senti bem e verdadeiramente nascido de novo.
‘A justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem… Para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus’ (Romanos 3:22, 26).”
(Concluído)