[Estevão] estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus.
Atos 7:55
CÉU ABERTO
Novamente o céu é aberto, mas dessa vez, não para Jesus como Homem sobre a terra, mas para um santo que observa a seu Senhor no lugar de glória nas alturas. E não se pode deixar de notar o contraste entre a morte de Estevão e a morte do Senhor. Para Cristo, enquanto suportava os pecados sobre o madeiro, os céus eram como ferro e bronze; na hora de Seu mais profundo sofrimento Ele foi desamparado, Ele permaneceu só. Mas o céu está aberto agora, em virtude de Seu sangue, e Seu mártir, Estevão, pôde olhar para cima e contemplar o Senhor Jesus, o Objeto de seu coração, à destra de Deus. Então ele foi fortalecido, “segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo” (Colossenses 1:11).
Para nós também o céu está aberto, e a fé pode dizer: “Vemos… Jesus” (Hebreus 2:9). Agora o véu está rasgado, o céu — não o santuário sobre a terra — está aberto. O caminho ao santíssimo é feito manifesto. E o céu não está aberto para nós apenas como adoradores. Em 2 Coríntios 3 nos é apresentado um pensamento diferente. No contexto, o apóstolo contrasta a glória da lei, como vista na face de Moisés, com a glória de Deus, que agora é vista na face de Jesus Cristo. Ele conclui dizendo: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (v. 18).
É um maravilhoso privilégio podermos contemplar fixamente, pela fé, ao Senhor Jesus ali na glória! Assim nós nos tornamos como Ele; nós somos transformados na mesma imagem. Há um verdadeiro caminho para se tornar celestial na prática? O mero conhecimento doutrinário de nossa posição celestial não nos transformará em efeito; porém o coração ocupado com o Homem celestial não falhará em influenciar a alma, e a nos separar de tudo aqui.