E junto à cruz estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

João 19:25-27

Maria (8)

No início do relato do último período da vida do Senhor Jesus, lemos estas palavras: “como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13:1). Em sentido estrito, isso significava os Seus discípulos. Porém, quando estava pendurado na cruz, Ele deu à Sua mãe a prova de Seu amor insondável.

Diante dEle, estava o pior que se pudesse imaginar: Ele precisava ser desamparado por Deus para poder expiar os pecados. Porém, Ele ainda tinha Sua mãe em mente e confiou-a aos cuidados de Seu discípulo João. Ele não podia impedir a “espada” que, de acordo com a profecia de Simeão, iria “traspassar” a sua alma (Lc 2:35). Ele não desejava deixá-la sozinha em sua dor, mas sim que ela fosse bem-cuidada na comunhão dos Seus.

Aqui, a fé de Maria seria posta à maior prova. A palavra final do Senhor Jesus a ela também tinha o objetivo de separá-la dEle. Ele iria ressuscitar e retornar ao céu. Ele não poderia mais assumir responsabilidade por ela, mas precisava entregá-la a outros. Entretanto, ela poderia estar próxima a Ele até o término do Seu sofrimento; ela foi capaz de ficar ao pé da cruz até Ele curvar a cabeça e confiar Seu espírito às mãos de Seu Pai.

(Continua)