Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração.

Lucas 2:19

Maria (3)

O Filho de Maria, que havia sido concebido pelo Espírito Santo, havia nascido. Ele seria “grande, e… chamado filho do Altíssimo”, e iria ocupar o “trono de Davi, seu pai” (Lc 1:32-33). Porém, em que circunstâncias o nascimento ocorreu? De fato, foi em Belém, porém em condições realmente indignas, “porque não havia lugar para eles na estalagem” (v.7). Será que Maria era capaz de conservar sua fé nas circunstâncias humilhantes? Não seria pedir demais que ela tivesse que deitar esta criança em uma manjedoura? Entretanto, Deus não a deixou com nenhuma sombra de dúvida. Ele novamente enviou um anjo para anunciar que esta Criança de fato era o “Salvador, que é Cristo, o Senhor” (v.11). Dessa vez o anúncio não era feito a Maria, e sim a pastores que guardavam seus rebanhos nos campos. Depois desse sinal, eles se tornaram as primeiras testemunhas da encarnação. Por meio deles, a mensagem dessa grande alegria foi repassada, inclusive a Maria e José. Conseguimos compreender o entusiasmo que esses acontecimentos despertavam? Percebemos como revelação e mistério se fundem de forma incompreensível e marcam toda a jornada do Senhor Jesus na terra. O céu iria se abrir acima dEle; não obstante, Ele prosseguiu, sempre rejeitado, até mesmo a ponto de ser abandonado por Deus nas três horas de escuridão. Maria talvez tenha imaginado um pouco de tudo isso, ao refletir sobre o que havia acontecido em seu coração. Porém, nós temos ainda mais motivo de sermos tocados pelo “dom inefável” de Deus (2 Co 9:15), da encarnação à morte expiatória de Seu Filho.

(Continua)