E com grande indignação estou irado contra os gentios em descanso; porque eu estava pouco indignado, mas eles agravaram o mal.
Zacarias 1:15
MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE JEREMIAS (Leia Jeremias 48:1-27)
Depois do curto capítulo dedicado aos filisteus, o Senhor tem muito a dizer, por outro lado, acerca de Moabe. Este povo tem confiado em suas obras, em seus tesouros (v. 7), em seu deus, Quemós (v. 13), e em seus homens de guerra (v. 14). Contudo, essas coisas nas quais eles confiavam não só não os salvariam, mas também foram a razão pela qual o juízo lhes sobreveio (v. 7).
Moabe tinha perdido algo vital. Não importa o quão incrível isso possa parecer, era o mal. O vinho novo deve antes de tudo ser decantado de uma vasilha para outra, de modo a se tornar claro, «limpo», todos os resíduos que iam assentando-se pouco a pouco deviam ser removidos. Mas Moabe nunca havia passado por tal tratamento. Ele tinha estado «despreocupado… desde a sua mocidade» (v. 11; Zc 1:15); ele nunca tinha aprendido a conhecer a si mesmo por meio de circunstâncias difíceis, de modo a perder o seu sabor original desagradável (este é o resultado que o Senhor procurou produzir em Israel enviando-o para o cativeiro). Sim, o Senhor sabe o que está fazendo quando nos sacode e nos arranca das nossas maneiras relaxadas e tolerantes (Sl 119:67). Esses desagradáveis decantamentos são projetados para nos fazer perder cada vez mais um pouco de nossa vontade própria, um pouco da nossa pretensão, um pouco da nossa autoconfiança.
