E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto.
Gênesis 22:8
O Cordeiro para a oferta
É comovente pensar que Deus já nos deu em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, ilustrações diversas, porém claras do sacrifício expiatório de Seu Filho. À luz do Novo Testamento, podemos distinguir diversos aspectos gloriosos da «oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez» (Hb 10:10).
Imediatamente após a queda pelo pecado, Deus havia dito à serpente que «a semente da mulher» feriria a sua cabeça (Gn 3:15), um indício de que o Filho de Deus um dia seria revelado a fim de «desfazer as obras do diabo» (1 Jo 3:8).
Em Gênesis 4:4, lemos como Abel trouxe um sacrifício para Deus. Em contraste com seu irmão Caim, ele não veio com o fruto de seu próprio trabalho, mas deu do melhor, «dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura». No Novo Testamento, Deus deixa claro o quão «melhor» essa oferta era aos Seus olhos, tendo sido trazida pela fé (Hb 11:4).
Depois, no sacrifício de Noé após o dilúvio, temos um indício da absoluta pureza e ausência de pecado da oferta. «Noé… tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar. E o Senhor sentiu o suave cheiro» (Gn 8:20-21). Um aroma suave subiu da terra a Deus.
Por fim, vemos na oferta de Isaque que o verdadeiro sacrifício é um homem, um arquétipo do Filho amado, Aquele «conhecido, ainda antes da fundação do mundo», como o Cordeiro de Deus (cf. 1 Pe 1:20), a quem Deus «não poupou, antes o entregou por todos nós» (Rm 8:32).