E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim... Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.

Lucas 4:16-17,21

(Leia Isaías 61:1-11)

O começo deste capítulo é de especial interesse. Foi a passagem escolhida pelo Senhor Jesus quando falou na sinagoga de Nazaré (Lucas 4:1621). Temos de perceber, contudo, um detalhe da maior importância: o Senhor Jesus interrompeu a leitura no meio de uma sentença e não mencionou o “dia da vingança”. Apenas a primeira parte de Seu ministério (o da graça) foi cumprido. O restante, isto é, os julgamentos, está em suspenso até hoje. No texto bíblico não encontramos inserida uma vírgula sequer, no entanto, Deus já inseriu mais de dois mil anos de longanimidade.

De qualquer maneira, a vingança não é a última palavra da frase. Ela é seguida por consolação e alegria para o remanescente fiel. Como Jó em seu fim, eles receberão em duplicidade – uma dupla frutificação já embutida no nome de Efraim (Gênesis 41:52) – “possuireis o dobro e tereis perpétua alegria” (v. 7).

Em resposta a tais promessas, o remanescente ergue sua voz: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça” (v. 10). Temos as mesmas bases para louvar ao Salvador e nEle nos alegrar!