O Senhor Deus me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem.

Isaías 50:4

PALAVRAS DE ÂNIMO

Esta palavra profética fala de Cristo. Como homem na terra, deixou-se ensinar por Deus, ouvindo “como aqueles que aprendem”. Para que Cristo, como homem, precisava de uma “uma língua erudita”? Para pregar e proclamar o Reino de Deus. No Evangelho de João lemos repetidamente que Ele não falou de Si mesmo, mas como Deus dava para que falasse. No entanto, aqui não se trata da pregação pública do Senhor, mas de seus muitos serviços a indivíduos. Também então, Ele o fez com “uma língua de eruditos” – para “dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado”. Eram pessoas como a pecadora que Lhe cobriu os pés de lágrimas na casa do arrogante Simão; Sua própria mãe, a quem confiou aos cuidados de João ainda na cruz; Maria Madalena na manhã de Sua ressurreição; os dois discípulos deprimidos que foram para Emaús no mesmo dia. Todos eles foram encorajados e animados por Ele (Lucas 7:3650; João 19:2527; 20:1118; Lucas 24:1332). Para encorajar, não se precisa de muitas palavras. Elas podem até ser um obstáculo, intimidante, dissuasor, deprimente. Quando nosso Senhor falava com as pessoas, surpreendentemente muitas vezes Ele usava poucas palavras. Mas estas atingiam exatamente a necessidade. Elas realmente ergueram os que as ouviam. Depois de um encontro com o Senhor Jesus, ninguém continuou no estado anterior. Quando nós mesmos estivermos deprimidos, deixemo-nos reerguer pelo nosso Senhor, voltemos de novo o olhar para cima. E aprendamos também com Ele, se nos depararmos com alguém “cansado”, procuremos levantar o ânimo dessa pessoa com uma palavra de conforto.