Já entrei no meu jardim, minha irmã, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite; comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
Cantares 5:1
MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE CÂNTICO DOS CÂNTICOS (Leia Cânticos 4:1‑16; 5:1)
Enquanto o Senhor olha com êxtase para a beleza de Sua Noiva, para onde ela está olhando? Muitas vezes nos deixamos deslumbrar com as brilhantes e excitantes atrações do mundo (Líbano)! Absortos como estamos, não percebemos os “covis dos leões” ou os espertos leopardos (v. 8). Mas o Senhor vê os perigos aos quais estamos expostos neste fascinante ambiente e busca gentilmente nos afastar deles. “Vem comigo do Líbano” (v. 8). Deveríamos ser atraídos mais por amor a Ele do que pelo medo do perigo. “Minha irmã, noiva minha”: essas palavras são um terno lembrete de nossos vínculos com Ele. O Senhor tem direitos exclusivos sobre a alma que Ele ama. Ela é uma “fonte selada” da qual só Ele tem o direito de beber, um jardim fechado no qual nada estranho pode ser introduzido e cujas flores, frutos e perfumes são reservados exclusivamente para Ele. Mas, de quando em quando, Ele precisa mandar o vento da prova ou o vento do sul a fim de “que se derramem os seus aromas” (v. 16). Dessa forma, o amor por Ele é despertado, Sua presença é desejada e Ele próprio, em resposta a este convite, terá o prazer de se reunir, degustar e participar do que o nosso fraco amor preparou para Ele (cp. 5:1).