Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios... antes tem o seu prazer na lei do Senhor.

Salmo 1:12

BEM-AVENTURADO O HOMEM… (1)

O primeiro Salmo é especialmente vivaz em sua linguagem e simples em termos de estrutura. Isso revela algo a respeito da natureza de Deus: Ele é um Deus “vivo”, e Seus pensamentos – ainda que insondáveis em sua profundidade – são claros e diretos para a fé. Sim, Ele é justo e “reto”! Sem dúvida, o “homem” de quem se fala aqui é, de forma definitiva, o próprio Senhor Jesus. Quando Ele andou como ser humano perfeito na terra, possuía todas as virtudes descritas nesse Salmo. Ele é o mesmo que reencontramos em toda Sua Majestade real no Salmo 2. Como ser humano, foi aprovado em toda a Sua humildade; por isso, no futuro esse Homem também será Rei em Sião sobre Israel e dominará até “os confins da terra”. O primeiro Salmo consiste em duas partes: a primeira fala do homem elogiado como bem-aventurado; a segunda metade fala dos ímpios. Também nisso há uma lição profunda: o justo é visto como indivíduo, mas os ímpios aparecem no plural. Você já parou para pensar em como é importante a virtude de poder estar sozinho a favor do Senhor, sem sermos dependentes daquilo que os outros fazem? Na verdade, é a vontade do Senhor que busquemos a comunhão “com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Timóteo 2:22). Afinal, precisamos de apoio e consolo. Mas, caso alguma vez seja necessário, precisamos ser capazes também de trilhar sozinhos o caminho da fidelidade e da piedade. Não é à toa que no contexto das passagens referentes aos “últimos dias” repetidamente diz: “Tu, porém…”. Isso vale também para nós hoje, mais do que nunca (cf. 2 Timóteo 2:1; 3:10,14; 4:5).

(Continua)