Destruí este templo, e em três dias o levantarei. Mas ele falava do templo do seu corpo.
João 2:19,21
PALAVRAS INCOMPREENDIDAS
Durante todo o tempo em que viveu aqui no mundo, nosso Senhor tinha consciência de que morreria pelas mãos de Suas criaturas. Já no começo de Sua atividade pública, disse: “Destruam este templo”. Seus ouvintes não entenderam a que Ele se referia — pensavam no prédio do templo. Mas Ele estava falando de Sua própria morte e ressurreição. Seu corpo era um santuário no qual Deus morava e no qual tudo concordava com a natureza e a vontade de Deus. Era esse santuário que eles destruiriam. Cerca de três anos mais tarde, o Senhor mais uma vez proferiu uma ordem que inicialmente soou misteriosa: “O que fazes, faze-o depressa. E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto” (João 13:27-28). A palavra dirigira-se a Judas, o traidor. O amor ao dinheiro endurecera de tal forma o seu coração, que ele tomou a firme decisão de entregar Jesus. Embora o Senhor Jesus soubesse exatamente onde isso terminaria, isto é, em Sua morte, Ele disse: “Faze-o depressa”. Pouco depois, Judas apareceu com soldados e muitas outras pessoas, a fim de prender Jesus. Para o Senhor, teria sido simples ir a outro lugar naquela noite ou retirar-Se a tempo. Mas Ele, “sabendo… todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?” (João 18:4). Pra Ele não havia outro caminho, estava disposto a tomar o cálice que o Pai Lhe entregava e beber até a última gota. E também estava disposto a permitir que destruíssem o “templo”. O Filho de Deus trilhou todo Seu caminho aqui na terra para a glória de Deus e para a nossa salvação. Sua entrega voluntária e Sua firme obediência, que O levaram ao mais profundo sofrimento, são motivos eternos para agradecer-Lhe, louvá-Lo e adorá-Lo.