Disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
Lucas 2:48-49
Maria (5)
Maria certamente não havia esquecido a mensagem do anjo. Ela foi levada a compreender que seu Primogênito seria confiado aos seus cuidados, porém não pertenceria a ela, como costuma ser o relacionamento entre mãe e filho. Ele havia sido concebido pelo Espírito Santo e era Filho do Altíssimo, o Filho de Deus. Portanto, Jesus devia viver particularmente para glorificar a Deus. Isso talvez não significasse muito para uma criança pequena, mas quando eles levaram o menino de doze anos a Jerusalém para a Páscoa, Maria tomou nítida consciência disso. Após a festa, eles O procuraram na cidade durante três dias até encontrá-lo no templo. Ele estava ouvindo os mestres ali, surpreendendo-os com Seu entendimento (vv. 46-47). “Filho, por que fizeste assim para conosco?”, Maria perguntou cautelosamente. Em contrapartida recebeu uma pergunta como resposta: “Não sabeis…?” Para Jesus, era óbvio que Ele deveria estar ocupado com os negócios do Seu Pai. Ele precisava estar onde os assuntos de Deus eram de suma importância. Ao falar em “negócios de meu Pai”, Ele testificava que era o Filho de Deus. Ao mesmo tempo, Ele permaneceu naquela posição de dependência de Maria e José. Ele prontamente retornou com eles a Nazaré e continuou sendo submisso a eles (cf. v. 51). Essas coisas podem ser inconcebíveis para nós, porém devemos manter esse mistério grandioso, divino em nossos corações, assim como Maria fez.
(Continua)
