Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles… Por isso, eu derramei sobre eles a minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi; fiz que o seu caminho recaísse sobre a sua cabeça, diz o Senhor Deus.

Ezequiel 22:26,31

(Leia Jeremias 7:1-20)

O Senhor enviou Jeremias à porta do templo para proclamar uma mensagem severa. Pois, apesar da rebelião deles, o povo de Jerusalém se vangloriava em alta voz de possuir o “templo do Senhor”, e continuava adorando ali, de maneira formal somente. Que inconsistência! Qual era o valor desse templo se não “aquele que nele habita” (Mateus 23:21)? Eles O negavam por meio das suas obras pecaminosas, algumas listadas no versículo 9. Praticamente pisavam em toda a lei de Deus e, ao mesmo tempo, se apresentavam descaradamente diante dEle em Sua casa (v. 10). Os sacerdotes fizeram do templo um covil de salteadores (v. 11), corrompendo-o com suas práticas abomináveis (v. 10). O cristianismo hoje também manifesta esse caráter duplo: respeito pelas formas e ritos exteriores, mas uma trágica falta de vida interior (Apocalipse 3:1). E, se nós não ficarmos atentos ao próprio coração, também estaremos expostos ao mesmo perigo, isto é, se nos satisfizermos com uma forma de piedade, mas negarmos o poder dela… que é o amor por Deus (2 Timóteo 3:5). Deus quer a verdade em nossa vida. É um insulto falar de um relacionamento com Ele se não nos separarmos do mal.

Por um longo tempo, o Senhor falou e o povo se recusou a ouvir. Agora é Ele quem se recusa a escutar até a oração de Seu profeta (v. 16).