Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe toca, pois é uma pecadora.

Lucas 7:39

O fariseu e a pecadora (4)

Simão foi testemunha ocular de um interessante acontecimento. Mas seu julgamento era típico de um fariseu. Ele sabia da existência de Deus e considerava bem possível que Deus pudesse enviar um profeta. Ele também reconheceu o fato do pecado e que consequentemente há pecadores que o cometem. No entanto, ele mesmo não se sentiu de forma alguma afetado por esse conhecimento. A palavra “pecado” só dizia respeito aos outros. Ele carecia totalmente da percepção de seus próprios pecados e da situação perigosa em que se encontrava. Assim, ele poderia facilmente abrigar o pensamento de que Deus não teria nada a ver com o pecado e que até mesmo um profeta deveria evitar o contato com pecadores. O autojulgamento estava faltando no fariseu; ele nada sabia acerca do desespero do pecado. Portanto, ele podia imaginar Deus apenas como um juiz severo e impiedoso. Ele não poderia fazer nenhuma avaliação de Jesus como Salvador com tal atitude. O que é interessante é que pessoas de todas as religiões revelam exatamente as mesmas características: pecadores existem, mas também existem pessoas boas que, como pensam, não precisam de um Salvador nem da graça. Nesse encontro, Jesus já havia percebido os sentimentos da pecadora expressos em suas lágrimas. E os pensamentos não expressados do fariseu não Lhe eram ocultos. Ele tinha uma palavra particular a dizer a Simão.

Continua