Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele.
Mateus 27:42
OS SOFRIMENTOS DO SALVADOR
Os sofrimentos e a morte de nosso Senhor na cruz do Gólgota despertam repetidamente nossa profunda admiração e adoração. Já em todo o Seu caminho no meio do povo, em todas as adversidades que passou, tinha sofrido como a “oferta de alimentos/manjares”, como “oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor”, como diz a passagem do Antigo Testamento. Mas na cruz, Ele sofreu em um grau ainda maior – quando o calor do “forno”, da “caçoula”, da “frigideira” atingiu o seu ápice. (Leia em Levítico 2 acerca da oferta de alimentos/manjares em conexão com Efésios 5:2).
Se Cristo já havia suportado “tais contradições dos pecadores contra si mesmo” durante Sua vida, agora caiu a última barreira para o ódio e desprezo por aqueles “cujos dentes são lanças e flechas, e cuja língua é espada afiada” (Hebreus 12:3; Salmo 57:4). Seus insultos ecoam nos ouvidos do crucificado, “Salvou os outros e a si mesmo não pode salvar-se”. Sim, realmente, Ele salvou outros; porém eles não disseram isso para apreciar o que Ele havia feito, seu ódio cego não o permitia – assim acontece com quem “a Deus replica” (Romanos 9:20)!
“Desça, agora, da cruz, e creremos nele”. Não, eles não queriam crer nEle! Eles haviam provado isso com bastante frequência; até haviam atribuído Seus feitos e milagres poderosos — que o Espírito Santo havia operado por meio dEle — ao diabo, apenas para que eles não tivessem que crer em Cristo. Louvemos e adoremos o Senhor Jesus por Ele não ter descido da cruz, mas ter se tornado o sacrifício pelo pecado nas três horas de trevas, no juízo de Deus pelos teus e pelos meus pecados!