Fui buscado dos que não perguntavam por mim, fui achado daqueles que me não buscavam; a uma nação que não se chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.
Isaías 65:1
(Leia Isaías 65:1-12)
“Fui achado por aqueles que me não buscavam”, escreve Isaías com uma devastadora ousadia. Essa é a expressão que Paulo usa ao citar o versículo 1 em Romanos 10:20. Sob a inspiração do Espírito, o profeta está claramente abrindo as portas das nações, que não buscavam Deus nem eram chamadas pelo nome dEle (cp. 49:6): uma ousada, para não dizer revolucionária, declaração aos ouvidos dos israelitas, tão ciumentos de seus privilégios como povo escolhido. Isso é parte das coisas “que não se ouviram”, mencionadas no capítulo anterior.
A confissão e as súplicas do pobre remanescente chegaram ao ápice com as angustiantes perguntas: “Conter-te-ias tu ainda, ó Senhor, sobre estas calamidades? Ficarias calado e nos afligirias sobremaneira?” (cp. 64:12). Não, nunca é em vão que um coração arrependido se volta ao Senhor (Salmo 51:17). Cada redimido sabe disso muito bem.
Deus não ficará calado. Ele fala e continua a falar praticamente até o final do livro. No entanto, antes de revelar o que “não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu” (vv. 910; cp. 64:4), Ele tem de pronunciar a condenação final, não apenas para os inimigos de Israel, mas também ao povo rebelde e apóstata (v. 2).