Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.
Isaías 64:6
(Leia Isaías 63:15-19; 64:1-12)
O fiel remanescente relembrou a “multidão das benignidades” que o Senhor concedeu anteriormente a Seu povo (cp. 63:7). Tendo dado tamanha prova de amor por eles, como Ele poderia abandoná-los agora? Portanto, apelam por ajuda ao coração de seu Deus, que é também o Pai deles. “Atenta do céu e olha.” Mas isso não é suficiente para eles. “Oh! Se fendesses os céus e descesses!”, eles clamam. Isso é o que Cristo fez para nos salvar, e mais uma vez Ele descerá para livrar os Seus que estão sob julgamento, consumindo-lhes os inimigos (Salmo 18:19; 114:5).
O versículo 6 iguala “todas as nossas justiças” ao “trapo da imundícia”. Podemos entender que os nossos pecados são assim, mas como entender que nossas justiças também são sujas? E, de fato, essa é a verdade! Não importa quão justos ou bons tenham sido os atos que praticamos antes de nossa conversão; todos são trapos imundos que só confirmam nossa impiedade em vez de escondê-la. Mas o Senhor arranca esses trapos e os substitui por vestes de salvação e manto de justiça (cp. 61:10; Zacarias 3:15).
Formados como vasos de barro na roda do oleiro (v. 8), não podemos fazer nada de valor com o pó do qual fomos formados (Salmo 100:3). Somente a obra do divino Artesão, que se aplica à tarefa de nos tornar em “utensílio para honra” (2 Timóteo 2:21), é de valor eterno.