Com um pouco de ira escondi a face de ti por um momento; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor.

Isaías 54:8

(Leia Isaías 54:1-17)

Tendo sido completada a obra no capítulo 53, o redimido está convidado a se alegrar e a cantar. O versículo 10 desse capítulo declara: “Quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade”. O Senhor Jesus confirma isso: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (João 12:24). O capítulo 54 nos dá um relance dessa abundante colheita. Aqui se refere a Israel, a semente terrena, mas o Novo Testamento fala também acerca dos filhos de uma família celestial: “a Jerusalém lá de cima” (Gálatas 4:2627).

Para acolher seus filhos e filhas, Jerusalém, por tanto tempo viúva e estéril, é convidada a alargar sua tenda, a estender o toldo da sua habitação. Por causa da obra na cruz, Deus é capaz de demonstrar-lhe compaixão e congregá-la. Sua ira durou um breve momento, mas Sua misericórdia será para sempre (vv. 78; Salmo 30:5).

“Todos os teus filhos serão ensinados do Senhor”, promete o versículo 13, citado em João 6:45. A obra do Senhor consiste em duas grandes partes: 1) Ele levou sobre Si nossas iniquidades e 2) Ele instrui muitos na justiça (cp. 53:11). Jamais nos esqueçamos deste segundo aspecto e, se Ele carregou nossos pecados por nós, permitamos que Ele nos ensine na justiça. Assim seremos capazes de dar frutos de justiça para Sua glória (2 Coríntios 9:10).