E, vendo [Jesus] as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.

Mateus 9:36

SOFRIMENTO DESCONHECIDO

Johannes Busch (19051956, irmão do pregador Wilhelm Busch) relata a seguinte experiência da guerra: “Os soldados voltavam para os alojamentos, e por toda parte viam-se rostos sorridentes, pois havia chegado correspondência de casa. Apenas um deles recolheu-se em um canto e chorava desesperadamente. Finalmente descobriram o motivo: sua única filha tinha falecido. Um de nós perguntou-lhe: ‘Fazia tempo que ela estava doente?’. Ele contou: ‘Há oito semanas já temíamos por sua vida…’”. Então Johannes Busch comenta: “Já fazia oito semanas que um de nossos companheiros carregava esse enorme peso no coração. Nenhum de nós percebeu, e ninguém lhe disse uma palavra de consolo diante de tão grande preocupação! Consegue imaginar o quanto isso de repente me deixou arrasado?”. Será que isso continua assim hoje em dia? Que meu irmão, minha irmã, um de meus filhos ou até meu cônjuge lute com um problema, um peso – e eu não percebo nada? Ou só descubro quando já é quase tarde demais? Em sua época, o Senhor Jesus viajava pelas cidades e aldeias. Via as pessoas e percebia suas preocupações e seus problemas não resolvidos. E sentia-Se profundamente comovido com isso, e cuidava delas. O Senhor disse: “Aprendei de mim”, e: “Vinde após mim” (Mateus 11:29; 4:19). Por isso, quero pedir-Lhe que me dê olhos que vejam e empatizem; um coração que se compadeça e interceda, cheio de compaixão; palavras de graça e amor como só Ele pode dar; confiança que abre os corações e estabelece uma ligação com eles; e sabedoria para aconselhar e ajudar – ou, se necessário, também silenciar.