E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor.
Marcos 6:34; Mateus 21:9
JESUS E AS MULTIDÕES
Uma multidão de pessoas é um coletivo estranho. Os diferentes personagens dos indivíduos que a compõem se multiplicam da forma mais surpreendente, às vezes, da forma mais lamentável e, geralmente, da mais perigosa. Uma multidão se entusiasma facilmente por alguém ou por uma ideia; todas as objeções, as oposições, são varridas pela corrente que conduz a massa. Ela se voltará de um mesmo modo contra um homem e contra outra multidão. Ela pode ser generosa, mas geralmente é covarde e cruel.
Com frequência, Jesus teve que tratar com multidões. Reuniam-se em grupos de milhares de pessoas para ouvir Sua palavra e ver Seus milagres (Lucas 12:1), mas Ele nunca tratou de impor-lhes Seu ensinamento nem de dominá-los. Um dia, quando quiseram proclamá-Lo rei na Galileia, retirou-se sozinho para uma montanha (João 6:15). Outro dia, ao vê-las cansadas e famintas, “teve compaixão delas”. Fez com que se assentassem na relva e multiplicou os pães para alimentá-las.
As multidões O aclamaram quando chegou em Jerusalém. Logo, influenciadas por homens gananciosos por poder religioso, pediram unânimes pela morte de Jesus e gritavam: “Tira, tira, crucifica-o” (João 19:15). “Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão… entregou [Jesus] para ser crucificado (Marcos 15:15).
Jesus não se indignou contra essa crueldade vulgar e assassina. Essa foi Sua oração na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).