Mas Deus lhe disse: Louco! Esta noite te pedirão a tua alma... Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

Lucas 12:20-21

LOUCO (Leia Lucas 12:13-21)

  A quem Deus se dirige dessa maneira? A um homem que parecia estar cheio de bom senso. Naquele ano seus campos haviam produzido muito, por isso, ele antecipou que seria necessário um lugar maior para armazenar sua colheita. Ele não teve dúvidas em derrubar os celeiros muito pequenos para construir outros maiores. Não é isso o que chamamos de administrar bem? Em seguida, pensou em retirar-se da vida ativa para se aposentar e desfrutar de seus bens. 

  Ele era sábio? Previdente? Nada disso! Esse homem deu prova da maior loucura e da mais culpável falta de provisão, pois acreditava ter organizado tudo de forma lógica para o futuro, mas tinha descuidado da eternidade. 

  Deus pôs fim a todos esses projetos interrompendo repentinamente essa vida tão próspera. O que aquele homem levaria para o além? Nada! “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (1 Timóteo 6:7). No meio da luta cotidiana, estando muito ocupado com seus assuntos, ele acumulou tesouros para si mesmo e se descuidou completamente do que tinha de mais precioso, isto é, sua alma. Ou, pior, creu que poderia enchê-la com satisfações terrenas, dizendo-lhe: “Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga” (Lucas 12:19). Mas a alma, que é imortal, necessita de alimento espiritual. Necessita das riquezas de Deus (vv. 32-34).

  Observemos o túmulo desse rico e leiamos seu breve e trágico epitáfio gravado pelo dedo de Deus: “Louco”.