Romanos 4:1-12
Se uma escada é muito curta para alcançar um objeto colocado em local bastante alto, um homem que está um degrau acima não terá mais facilidade para alcançá-lo que outro que está um degrau abaixo. Lemos no capítulo anterior (3:22) que não há diferença: tanto gentios como judeus não alcançaram a glória de Deus. Ninguém tem acesso a ela pela escada da justiça própria, pois esta sempre será insuficiente. Uma prova disso é que mesmo Abraão (v. 3) e Davi (v. 6), que inquestionavelmente estariam no topo da escada das obras, não foram justificados por Deus pelas obras. E, se até mesmo eles não foram justificados, como nós o seríamos? Para demonstrar definitivamente que a salvação pela graça não tem nenhuma relação com as pretensões carnais nem com a “jactância” (3:27) do povo judeu, os versículos 9 e 10 recordam que o patriarca Abraão foi justificado pela fé antes do símbolo da circuncisão (Gênesis 15:6; 17:24). No momento em que Deus o justificou, ele estava na mesma posição dos pagãos.
Para ser salvo, o homem deve primeiramente reconhecer-se culpado, ou seja, deve concordar com a sentença divina mencionada no capítulo anterior. Deus justifica o ímpio e somente a ele (v. 5; Mateus 9:12).