Atos 23:16-35
Não vemos aqui o Senhor intervir de modo miraculoso, como em Filipos (cap. 16:26) ou como no caso de Pedro (cap. 12:7), para libertar o Seu servo. Mas ainda Ele está no controle dos acontecimentos: usando o sobrinho de Paulo, a qualidade de cidadão romano que o apóstolo possuía, o menosprezo que o comandante romano sentia pelos judeus, Deus cumpre a promessa feita a Seu servo, ou seja, que ele iria testemunhar em Roma (v. 11). Conseqüentemente, todos os planos de seus inimigos não poderiam impedi-lo de ir a Roma. Ao contrário, são esses mesmos planos que contribuem para isso: de fato, as ameaças induzem Lísias a mandar Paulo sob forte escolta a Cesaréia, a fim de protegê-lo da fúria dos judeus fanáticos. Ao mesmo tempo, Lísias escreve uma carta sobre Paulo ao governador Félix. Note como o comandante coloca os fatos, escondendo o erro quase cometido (v. 27; 22:25). Apesar disso, as ofensas dos pagãos não se comparam à terrível culpabilidade dos judeus. Evidentemente, os quarenta conspiradores assassinos não puderam cumprir seu juramento, atraindo desse modo maldição sobre a própria cabeça.