João 18:1-11
Depois de “a glória que me tens dado” (17:22) vem “o cálice que o pai me deu” (v. 11). Em completa dependência, o Senhor Jesus recebe ambos das mãos de Seu Pai. Mas, de acordo com o caráter deste Evangelho, não vemos aqui, como em Lucas 22:44, a agonia do Senhor. Aqui, no pensamento do Filho obediente, a obra já está concluída (17:4).
O miserável Judas sabe aonde conduzir a companhia armada que deve capturar o Senhor, pois esse é o lugar de muitos encontros íntimos e preciosos, dos quais ele mesmo havia participado.
Aquele a quem chamam com desprezo “Jesus de Nazaré” não é outro senão o Filho de Deus. Em pleno conhecimento do que ia ocorrer, Ele se adianta e se apresenta a esta tropa ameaçadora. Dá, de Seu poder soberano, uma prova que teria permitido reconhecê-LO das Escrituras (Salmo 27:2). Com apenas uma palavra, Ele atira os Seus inimigos ao chão. Mas, qual é o pensamento de Seu coração nesse momento tão terrível para Ele? É o mesmo de sempre, pensa em Seus amados discípulos — “deixai ir estes”, é Sua ordem àqueles que vieram para prendê-LO. Até o último instante, o bom Pastor velaria por Suas ovelhas. Agora chegou o momento em que dá a Sua vida por elas (10:11).