Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos.

Salmo 77:14

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DOS SALMOS (Leia Salmo 77)

  Como o Salmo 73, este também pode ser dividido em duas partes: a primeira revela a amargura da alma do salmista; a segunda mostra que ele havia entendido que o caminho de Deus está no santuário (v. 13; Salmo 73:17). Desta vez, não era a prosperidade do ímpio o que perturbava o salmista, mas a lembrança das bênçãos passadas: “Penso nos dias de outrora… Cessou perpetuamente a sua graça?” (vv. 5, 8). Em geral, infelizmente, as provações trazem à luz murmurações e anseios inúteis pelos dias passados. Julgamos o amor de Deus pelas circunstâncias que Ele nos permite enfrentar. Se Ele não nos mostra mais Seu favor (v. 7), rapidamente duvidamos dEle. No entanto, tal raciocínio não muda a constância de Seu amor, mas nos impede de desfrutar do consolo que Deus já nos reservou. “A minha alma recusa consolar-se” (v. 2).

  “Isto é a minha aflição” (v. 10), continua dizendo Asafe, olhando para si mesmo e comparando-se com os outros. Mas Deus lhe faz ver a inutilidade de suas reclamações. Seus pensamentos tomam então a direção oposta — as maravilhosas obras de Deus!  E, a partir deste momento, a amargura acaba, o consolo vem e a adoração flui.