Apocalipse 21:9-27
Depois de permitir um vislumbre do estado eterno (V. 1-8), o Espírito volta ao período do reinado de Cristo. Apresenta-nos uma cidade, que não é mais Roma nem Babilônia, mas a santa Jerusalém, “a noiva, a esposa do Cordeiro”. Toda esta descrição deve ser entendida como simbólica. Nossos atuais sentidos não podem perceber, nem nosso espírito, conceber como será a nova criação (1 Coríntios 13:12). Como explicar, por exemplo, as cores a um cego de nascimento? Por isso, Deus toma o que há de mais belo e de mais raro sobre a terra — o ouro e as pedras preciosas — para nos dar alguma noção do que nos espera no céu. O seu fulgor e a sua muralha de jaspe V. 11,18) nos falam da manifestação das glórias de Cristo na Igreja e por meio dela (4:3). Esta é iluminada pela brilhante luz da lâmpada: a glória de Deus vista no Cordeiro (V. 23). A cidade santa, por sua vez, vai irradiar essa luz divina para proveito da terra durante o milênio (V. 24). É exatamente isso o que João 17:22 quer dizer: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado… eu neles, e tu em mim… para que o mundo conheça…”.
Como poderia “coisa alguma contaminada” penetrar no lugar onde habita o Senhor? (V. 27; leia também 2 Coríntios 7:1).