Ele mesmo edificará o templo do SENHOR, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos os ofícios.
Zacarias 6:13
O CONSELHO DE PAZ
“O conselho de paz” está entre Deus e Seu Filho, ao invés de no homem. Não é meramente paz, mas “o conselho de paz”. A palavra “conselho” implica em um propósito deliberado. Que solidez deve haver naquela paz na qual Deus teve um “conselho”, e todos os propósitos nos quais a mente do Senhor Jesus penetrou totalmente e os realizou! É importante ver que “o conselho de paz” está inteiramente entre Deus e o Senhor Jesus. No momento em que começamos a descansar nossa paz em qualquer coisa em nós mesmos, perdemos isso de vista. Esse é o porquê de tantos santos não terem uma paz estável. Nada pode ser duradouro que não seja construído somente em Deus.
Somente em Cristo, Deus encontra aquilo em que Ele pode descansar, e da mesma forma é com os Seus santos. Quanto mais vemos a extensão e a natureza do mal que está dentro de nós, assim como o que está por fora e ao nosso redor, mais iremos perceber que, o que o Senhor Jesus é — e o que Ele fez — é a única de todas as bases em que podemos descansar. Nossa paz está estabelecida no que Ele fez, e “o conselho de paz” está “entre ambos”.
Há dois grandes aspectos do sacrifício de Cristo. Ao colocarmos nossas mãos sobre Ele como a “oferta queimada”, nos identificamos com Ele — todo o Seu “cheiro suave” à Deus, é nosso. Mas na “oferta pelo pecado”, é exatamente o oposto, pondo a mão sobre a vítima, esta se identifica com meus pecados, é carregada com minha culpa. Ele realizou por completo o propósito de Deus, tudo o que estava no “conselho de paz”. Aqui então é “o conselho de paz”, e somente aqui nós temos paz. Se nossas almas tiverem qualquer ideia de descanso fora daquela onde está o perfeito descanso de Deus, nós saímos desta base do “conselho de paz”. Ele não nos chamou para dentro do “conselho”, o qual é totalmente independente de nós — “entre ambos” — certo e eterno. Ninguém nunca poderá tocá-lo.