As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.
Cantares 8:7
O VERDADEIRO AMOR
O amor puro é forte, vital e inextinguível. Nenhuma circunstância no universo pode apagar sua chama. Ele é bem mais elevado do que a simples afeição que as pessoas nutrem umas pelas outras. Os tribunais de divórcio lamentam em altas vozes a vaidade do assim chamado “amor” dum casal que ficou casado por um tempo, mas agora não amam mais um ao outro. Pequenas ondas nas águas do relacionamento, por menores que sejam, durante circunstâncias difíceis são suficientes para extinguir a vacilante chama do “amor” que no princípio foi fortemente afirmada.
Mas as “muitas águas”, que falam das impressionantes profundezas do sofrimento indescritível e da agonia, das ondas bravias e altas, não apenas das provações das circunstâncias terrestres, mas o pavoroso julgamento de Deus contra o pecado; da angústia da solidão, do esquecimento, do suportar o terrível dilúvio de culpa por nossos pecados; nada disso pode apagar o amor puro no coração do bendito Senhor Jesus para com aqueles que são pecadores e não O merecem. Que amor extraordinário!
O amor é Sua própria natureza, infinitamente mais elevado do que toda riqueza do universo poderia comprar. Os homens têm tentado, tolamente, comprar o amor de seus filhos com lares luxuosos, ricos presentes de todos os tipos, apenas para descobrir que seus filhos os tratam com o mais completo desprezo. Tais ricos presentes não produzirão verdadeiro amor. O Senhor poderia nos ter dado qualquer coisa que desejasse para satisfazer nossas cobiças, mas Ele entregou-Se a Si mesmo em vez de nos oferecer coisas apenas. Isto é amor, puro, precioso e real. Porque Ele amou, Ele Se entregou; e somente esse amor verdadeiro não fingido pode produzir uma resposta de amor dos nossos corações. “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19).